domingo, 28 de junho de 2009

Como o Meia Hora consegue se superar

É absolutamente incrível a falta de sensibilidade de um jornal como o Meia Hora. Tudo bem que é popularesco, tudo bem que o público que compra lê com gosto. Mas fico surpresa como a publicação consegue se superar em termos de mal gosto editorial quando o assunto é morte. Todo o dia podemos ver estampado na capa que um "vagabundo tomou pipoco e ficou mais furado que tampa de saleiro" (juro que já li isso lá). Mas é impressionante como, a cada dia, os mancheteiros conseguem se "aprimorar" ainda mais nos títulos e legendas bizarros e insensíveis.

Confesso que acho as sacadas geniais, trocadilhos bons. Mas algo para uma piada entre amigos, no máximo. Não para ficar estampada na capa de algo que, supostamente, deveria ser formador de opinião. E por mais "esperta" (me falta a palavra) que seja a sacana, não deixa de ser de péééssimo gosto. Quando Clodovil morreu, "Virou purpurina", numa alusão à piada que se faz dizendo que homossexuais não morrem.



Agora, com o falecimento de Michael Jackson, o adeus do jornal fez sua chamada se referindo à mudança da cor da pele do ídolo pop ao longo das últimas duas décadas: "Nasceu preto, ficou branco, vai virar cinzas", estava escrito.



Só de pensar, sinto mais arrepios do que se estivesse em um "Thriller" de verdade...

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